sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Gatos e Crianças: O Guia de uma Relação Fantástica

A relação entre gatos e crianças não tem de ser um problema. Podem ser excelentes companheiros e desenvolver a mais amorosa, carinhosa e divertida relação, capaz de perdurar no tempo e tornar-se numa experiência de vida inestimável.
No entanto, esta relação deve ser cultivada desde o primeiro dia e devem ser colocadas em prática precauções de higiene e segurança que permitam tudo correr pelo melhor.
Se tem uma criança em casa e está a ponderar adotar um gato, ou se já tem um gato e está prestes a receber um novo membro da família humana, este artigo é para si e vai ajudá-lo com todos os passos e cuidados necessários. Desde os preparativos até à convivência do dia a dia, passando pelas preocupações mais comuns de saúde.
Apesar de nos focarmos essencialmente em gatos ao longo deste artigo, com comportamentos que são específicos destes nossos peludinhos, muitas das recomendações também se aplicam a outros animais que tenha ou venha a ter em casa.

Os gatos não têm de ser um perigo para a saúde, antes pelo contrário
Muitos pais têm receio que a convivência entre as crianças e os animais se torne num problema de saúde. Receio que o gato possa aleijar a criança, que lhe transmita doenças ou provoque alergias.
Estas preocupações são perfeitamente naturais. Nenhum pai ou mãe no seu perfeito juízo quer colocar em risco a saúde do seu filho.
A boa notícia é que os potenciais problemas são evitáveis seguindo alguns cuidados simples. Basta para tal que esteja bem informado sobre cada uma das questões. Assim, antes de passarmos aos preparativos e convivência entre as crianças e os gatos, vamos abordar os potenciais problemas de saúde que mais preocupação causam nos pais.

Gravidez e toxoplasmose

Cuidados durante a gravidez com a toxoplasmose

A primeira grande preocupação de saúde, sobretudo quando já existe um gato em casa, surge ainda antes da criança nascer, durante a gravidez.
Infelizmente, alguns médicos pouco atualizados ainda recomendam que as mulheres grávidas se desfaçam dos gatos que têm em casa. Tal medida é manifestamente exagerada, mas acaba por assustar os pais que estejam menos informados. Com prejuízo para o gato que se vê forçado a ir embora.
O problema em causa é a possível transmissão de uma doença chamada toxoplasmose, que os gatos podem transmitir através dos dejetos na sua caixa de areia. Caso a mulher grávida seja infetada e não seja imune à doença, isso pode trazer complicações graves para o feto.
Felizmente, é possível evitar a transmissão da toxoplasmose seguindo algumas medidas de segurança — e não precisa de se separar do seu amigo felino. Aliás, como verá de seguida, o gato não é sequer o principal transmissor desta doença, pelo que outros cuidados no dia a dia da casa são necessários:
  1. Peça ao seu médico o teste sanguíneo de imunidade à toxoplasmose, que idealmente deve ser feito antes de engravidar. Se já tiver sido infetada anteriormente, estará provavelmente imune (a toxoplasmose não costuma dar sintomas, ou assemelha-se a uma gripe, por isso é difícil de saber se já a teve ou não sem análises);
  2. Não toque mais na caixa da areia do seu gato, a responsabilidade pelas limpezas deve passar para outra pessoa;
  3. Se tiver mesmo de ser você a limpar a caixa, proteja-se com um bom par de luvas, máscara na cara e lave muito bem as mãos quando terminar;
  4. Não é só o gato que transmite toxoplasmose: manusear ou ingerir carne crua ou trabalhar em jardinagem é bem mais arriscado. Evite estas tarefas, ou proteja-se bem (com um bom par de luvas) antes de as executar;
  5. Cozinhe muito bem a carne antes de a ingerir e não utilize a mesma faca ou utensílio com que cortou carne crua, para cortar frutas e vegetais;
  6. Descasque ou lave muito bem todas as frutas e vegetais que consumir;
  7. Não beba leite não pasteurizado ou produtos feitos com leite não pasteurizado (alguns queijos e iogurtes). Não consuma também ovos crus;
  8. Lave frequentemente as mãos, incluindo de cada vez que mexe no seu gato;
  9. Não deixe o seu gato sair de casa, para não correr o risco de ser infetado na rua por outros animais ou pela ingestão de alimentos infetados;
  10. Não alimente o gato com carne crua.
  11. Fale com o seu médico e também com o veterinário do seu gato, que certamente a irão auxiliar em dúvidas que possa ter.
    As alergias e a asma
    Preocupações de saúde na interação entre gatos e crianças

    Gatos e Crianças: O Guia de uma Relação Fantástica

    O guia de uma relação fantástica entre gatos e crianças
    FOTOGRAFIA ORIGINAL: JIMEE, JACKIE, TOM & ASHA
    A relação entre gatos e crianças não tem de ser um problema. Podem ser excelentes companheiros e desenvolver a mais amorosa, carinhosa e divertida relação, capaz de perdurar no tempo e tornar-se numa experiência de vida inestimável.
    No entanto, esta relação deve ser cultivada desde o primeiro dia e devem ser colocadas em prática precauções de higiene e segurança que permitam tudo correr pelo melhor.
    Se tem uma criança em casa e está a ponderar adotar um gato, ou se já tem um gato e está prestes a receber um novo membro da família humana, este artigo é para si e vai ajudá-lo com todos os passos e cuidados necessários. Desde os preparativos até à convivência do dia a dia, passando pelas preocupações mais comuns de saúde.
    Apesar de nos focarmos essencialmente em gatos ao longo deste artigo, com comportamentos que são específicos destes nossos peludinhos, muitas das recomendações também se aplicam a outros animais que tenha ou venha a ter em casa.
    Conteúdos:

    As preocupações naturais com a saúde

    Os gatos não têm de ser um perigo para a saúde, antes pelo contrário
    FOTOGRAFIA: PAUL MAYNE
    Muitos pais têm receio que a convivência entre as crianças e os animais se torne num problema de saúde. Receio que o gato possa aleijar a criança, que lhe transmita doenças ou provoque alergias.
    Estas preocupações são perfeitamente naturais. Nenhum pai ou mãe no seu perfeito juízo quer colocar em risco a saúde do seu filho.
    A boa notícia é que os potenciais problemas são evitáveis seguindo alguns cuidados simples. Basta para tal que esteja bem informado sobre cada uma das questões. Assim, antes de passarmos aos preparativos e convivência entre as crianças e os gatos, vamos abordar os potenciais problemas de saúde que mais preocupação causam nos pais.

    Gravidez e toxoplasmose

    Cuidados durante a gravidez com a toxoplasmose
    FOTOGRAFIA: VIA CATSTER
    A primeira grande preocupação de saúde, sobretudo quando já existe um gato em casa, surge ainda antes da criança nascer, durante a gravidez.
    Infelizmente, alguns médicos pouco atualizados ainda recomendam que as mulheres grávidas se desfaçam dos gatos que têm em casa. Tal medida é manifestamente exagerada, mas acaba por assustar os pais que estejam menos informados. Com prejuízo para o gato que se vê forçado a ir embora.
    O problema em causa é a possível transmissão de uma doença chamada toxoplasmose, que os gatos podem transmitir através dos dejetos na sua caixa de areia. Caso a mulher grávida seja infetada e não seja imune à doença, isso pode trazer complicações graves para o feto.
    Felizmente, é possível evitar a transmissão da toxoplasmose seguindo algumas medidas de segurança — e não precisa de se separar do seu amigo felino. Aliás, como verá de seguida, o gato não é sequer o principal transmissor desta doença, pelo que outros cuidados no dia a dia da casa são necessários:
    1. Peça ao seu médico o teste sanguíneo de imunidade à toxoplasmose, que idealmente deve ser feito antes de engravidar. Se já tiver sido infetada anteriormente, estará provavelmente imune (a toxoplasmose não costuma dar sintomas, ou assemelha-se a uma gripe, por isso é difícil de saber se já a teve ou não sem análises);
    2. Não toque mais na caixa da areia do seu gato, a responsabilidade pelas limpezas deve passar para outra pessoa;
    3. Se tiver mesmo de ser você a limpar a caixa, proteja-se com um bom par de luvas, máscara na cara e lave muito bem as mãos quando terminar;
    4. Não é só o gato que transmite toxoplasmose: manusear ou ingerir carne crua ou trabalhar em jardinagem é bem mais arriscado. Evite estas tarefas, ou proteja-se bem (com um bom par de luvas) antes de as executar;
    5. Cozinhe muito bem a carne antes de a ingerir e não utilize a mesma faca ou utensílio com que cortou carne crua, para cortar frutas e vegetais;
    6. Descasque ou lave muito bem todas as frutas e vegetais que consumir;
    7. Não beba leite não pasteurizado ou produtos feitos com leite não pasteurizado (alguns queijos e iogurtes). Não consuma também ovos crus;
    8. Lave frequentemente as mãos, incluindo de cada vez que mexe no seu gato;
    9. Não deixe o seu gato sair de casa, para não correr o risco de ser infetado na rua por outros animais ou pela ingestão de alimentos infetados;
    10. Não alimente o gato com carne crua.
    Fale com o seu médico e também com o veterinário do seu gato, que certamente a irão auxiliar em dúvidas que possa ter.

    As alergias e a asma

    Preocupações de saúde na interação entre gatos e crianças

    A segunda preocupação mais frequente dos pais são problemas respiratórios nas crianças como alergias e asma.
    Curiosamente, estudos recentes têm apontado para uma relação inversa: um contacto com animais desde tenra idade ajuda a que o organismo desenvolva uma resposta imunitária capaz de prevenir o desenvolvimento destes problemas.
    Segundo um estudo publicado na revista médica The Lancet, várias crianças em contacto permanente com gatos desenvolveram um tipo de anticorpo que as protege das alergias. O mesmo estudo demonstrou que crianças que não têm gatos, em contacto com outras crianças que os tenham (como os colegas de escola), estão em maior risco de contrair essas alergias.
    Noutro estudo realizado na Alemanha e liderado por Joachim Heinrich, mais de 8 mil crianças foram acompanhadas desde que nasceram até aos 6 anos de idade. O estudo concluiu que as crianças com gatos ou cães em casa são mais tolerantes ao pó e às alergias inaladas. O mesmo investigador, o ano passado, participou de um novo estudo onde ficou demonstrado que a exposição doméstica aos gatos não está associada a sintomas alérgicos ou asmáticos.
    Ainda um outro estudo, este publicado na Journal of the American Medical Association, comparou 184 crianças que viviam com dois ou mais animais (cães ou gatos), a 220 crianças que não viviam com nenhum destes animais. Concluiu que as crianças expostas a animais de estimação tinham menos de metade da probabilidade de desenvolver alergias comuns.
    Os gatos podem trazer benefícios ao sistema imunitário das crianças
    Uma explicação para os resultados destes estudos pode ser o que os investigadores chamam de hipótese da higiene. Esta teoria defende que as crianças que crescem em ambientes hiper higienizados desenvolvem um sistema imunitário mais frágil, pois praticamente não contactam com microrganismos.
    Tal não significa que a higiene não seja importante — é uma das nossas prioridades ao longo de todo este artigo — mas sim que o contacto com animais não tem de ser prejudicial para a saúde da criança. Pelo contrário, pode trazer benefícios.
    Existem outros estudos que comprovam outros benefícios dos gatos para a saúde humana, tanto em crianças como em adultos. Este artigo não pretende ser exaustivo neste ponto, mas caso pretenda aprofundar siga esta ligaçãoesta aqui e esta também, todas em português.
    A saúde do gato
    O gato deve ser regularmente vacinado e desparasitado
    Naturalmente, a saúde do seu gato deve ser controlada e os check-ups regulares no veterinário devem estar em dia, de forma a proteger tanto o animal como as pessoas que o rodeiam. A começar pela criança.
    O gato deve ter as vacinas em dia e deve ser desparasitado regularmente, tanto interna como externamente, para evitar o contacto de pulgas e outros parasitas ou fungos com a criança.
    As unhas do gato também devem ser cortadas regularmente. Note que o corte de unhas dos gatos não é um processo tão simples como o corte das nossas unhas. Nos gatos, existem ramificações sanguíneas que se estendem até perto da ponta da unha e esses vasos não devem ser atingidos, pois além de dor causam hemorragia. Caso nunca tenha cortado unhas a gatos ou não se sinta à vontade, peça ao seu veterinário.
    Por fim, mantenha-se vigilante sobre sinais que o gato possa transmitir sobre problemas de saúde. Um gato que por algum motivo esteja com dores, vai reagir de forma mais agressiva em qualquer situação, o que pode dar origem a arranhões e mordidas. Se nota que o comportamento do gato sofreu alguma alteração, convém levá-lo ao veterinário.


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