sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A chegada de um gato a uma casa com criança

O gato e as crianças devem ser introduzidos aos poucos

Esclarecidos os cuidados básicos e preventivos de saúde, está na altura de falarmos dos preparativos. Neste capítulo, vamos abordar os preparativos na perspetiva da chegada de um gato a uma casa onde já vive uma criança. No capítulo seguinte falamos da situação inversa.
Antes da chegada do felino, reserve uma divisão da casa para ele. Isto não quer dizer que o gato vai viver fechado num compartimento, nada disso. Pense nessa divisão como um porto seguro para o gato e também como uma área off-limits para a criança.
Passo a explicar:
Os gatos sentem-se atraídos pelas crianças e não dispensam a atenção, o mimo e umas possíveis brincadeiras. Mas os gatos também saturam, e precisam de dormir entre 12 a 16 horas por dia. Horário que vai muito provavelmente coincidir com períodos em que a criança quer que o gato brinque, não que durma.
Assim, o gato necessita de ter em casa uma divisão / esconderijo confortável para onde possa escapar quando se sente cansado.
Nesta divisão, coloque os brinquedos do gato e algo que ele possa subir (uma árvore de gato ou poleiros) com uma caminha confortável para dormir tranquilamente, sabendo que a criança não consegue  chegar.
O ideal é esta divisão estar mesmo vedada à criança. Por exemplo, com uma cancela ou grade de segurança, montada de forma a que a criança não passe, mas o gato o consiga, seja por cima, por baixo ou até pelo meio. Assim pode colocar lá dentro também a caixa de areia e impedir que a criança lhe tenha acesso. Além de pouco higiênico, poderia transmitir doenças à criança no caso de ingerir alguma coisa (se é que me entende).
Coloque nesta divisão a comida e a água do gato — bem distribuídos para que a zona das necessidades não fique demasiado perto da zona de alimentação.
Introduzir a criança e o gato aos pouquinhos e sempre com supervisão
Nas primeiras semanas do pequeno felino em casa, a interação com a criança deve ser limitada a alguns períodos por dia, sempre supervisionados. Nesta fase, o gato ainda está a conhecer os cantos à casa e a adaptar-se às rotinas dos donos. Dê sempre liberdade ao gato para poder afastar-se e resguardar-se na sua divisão, ou noutro local da casa que lhe transmita segurança e conforto.
Como as crianças já se encarregam de fazer algum barulho, seria bom os adultos, dentro do possível, não contribuíssem com mais barulho. Um ambiente calmo e tranquilo é importante na adaptação do animal ao seu novo lar.
Seguramente é mais fácil escrever do que fazer, pois uma criança consegue ser uma fonte de stress para os pais. E o gato, sobretudo se for pequenino e irrequieto, pode mandar aquele jarrão abaixo precisamente numa dessas alturas. Talvez por isso a American Humane Society recomende a adoção de um gato já adulto (entre 2 a 3 anos) para casas com crianças até aos 5 ou 6 anos de idade.

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