quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Gatos podem tomar ibuprofeno?

O ibuprofeno é um medicamento do grupo dos anti-inflamatórios não esteróides (AINE) possui também ação analgésica e antipirética, nos dias atuais o ibuprofeno é um medicamento muito comum em nossas farmácias domésticas, quase todo mundo tem um comprimido contendo esta substância em sua casa. O ibuprofeno é utilizado frequentemente por pessoas que estão com dores de cabeça, aliviando os sintomas da famosa cefaleia, mas também é bastante indicado por  dentistas, para diminuir a inflamação na polpa dentária, amenizando assim a dor, ainda pode ser utilizado em casos de dores musculares, cólicas menstruais, em casos de febre e também para aliviar dores pós-operatórias. Outra utilização do ibuprofeno é para aliviar quadros inflamatórios de pessoas que apresentam artrites, como a artrite reumatoide e artrite gotosa. Aí nós que somos apaixonados por gatos e temos este remédio que promove um incrível bem estar para nós, nos perguntamos, será que eu posso dar um comprimido de ibuprofeno para meu gatinho? Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos podem tomar ibuprofeno?
Se você tem em casa um gatinho com dor por causa de artrose, ou mesmo que esteja apresentando-se febril, tenha em mente que única atitude correta é falar imediatamente com seu veterinário, apenas o veterinário está apto a indicar uma medicação adequada para seu gato. A resposta para a nossa questão é um enfático não! Gatos não podem tomar ibuprofeno! Muitos medicamentos que são seguros para nós, não são seguros para nossos pets e isso pode ser realmente muito grave para um gatinho que já se encontra em um estado de saúde debilitado. O ibuprofeno, bem como outros anti-inflamatórios como o paracetamol, por exemplo, é um medicamento altamente tóxico para os gatos. Certos medicamentos que são utilizados para uso humano também são rotineiramente administrados para nossos animais de estimação. No entanto, nem sempre um medicamento permitido para uso humano é um medicamento seguro para seu gatinho, e o pior é que a administração de um medicamento de forma errada, pode literalmente acabar matando seu gato!

Porque o ibuprofeno pode ser perigoso para  gatos ?

Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos podem tomar ibuprofeno?
A ingestão de Ibuprofeno ocasiona um bloqueio de enzimas essenciais na proteção da mucosa do trato gastrintestinal do organismo dos gatos. Quando um gato acaba ingerindo esta substância, ocorre uma lesão no estômago que é causada pelo ácido gástrico. Consequentemente ocorre um desequilíbrio do fluxo sanguíneo que resulta em uma disfunção renal. Por isso caso haja uma ingestão acidental de ibuprofeno por seu gato, procure um veterinário com a maior urgência, pois medidas devem ser tomadas o mais rápido possível.

Quais são os sintomas que gatos que ingeriram ibuprofeno podem apresentar?

Na maioria dos casos (embora raros, porque gatos ao contrário dos cães, não são de comer tudo o que está na sua frente) a ingestão de ibuprofeno é acidental e neste caso é mais provável acontecer com filhotes. No entanto, a ingestão de ibuprofeno acontece também quando proprietários, na melhor das intenções, devido a desinformação, acabam administrando um comprimido, pois acreditavam estar fazendo uma coisa boa para seu gato, ou com a intenção de baixar a febre ou de aliviar alguma dor. Infelizmente nestes casos, nada poderia estar mais errado, e este é um dos motivos pelo qual sempre falo para você o quanto é importante entrar em contato com o seu veterinário.
Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos que ingeriram ibuprofeno irão apresentar sintomas de envenenamento como vômito, diarreia, forte odor nas fezes,  vômito com sangue, inapetência, úlcera gástrica, fezes com sangue, sede, o gatinho urina excessivamente ou diminui a micção, fica mais parado e com dificuldade de se movimentar, podendo entrar em coma e óbito.
Alguns gatos começam  a vomitar logo após a ingestão de ibuprofeno. Em alguns casos pode acontecer do gatinho vomitar o remédio antes mesmo do organismo digeri-lo, esta é a melhor situação, no entanto não dispensa a ida ao veterinário para checar se está tudo bem com seu gatinho. Quando a medicação já foi absorvida pelo corpo, o gato pode apresentar fezes escuras e com cheiro forte ou pode acabar vomitando sangue. Alguns sintomas comuns em casos de ingestão de ibuprofeno em gatos. São a letargia e a falta de apetite. E em casos mais sérios, o animal pode até convulsionar.
Uma dor abdominal forte pode ser uma das maneiras de detectar a intoxicação por ibuprofeno. A única forma de confirmar se seu gato ingeriu ou não o medicamento é através de exames laboratoriais. Desta forma, o veterinário saberá se o rim de seu gato foi comprometido e se existe ou não um caso mais sério de úlcera gástrica.

O que devo fazer se meu gato ingeriu ibuprofeno?

Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos podem tomar ibuprofeno?
Em casa - Se a ingestão ocorreu a pouco tempo, uma boa alternativa é provocar o vômito. Ligue imediatamente para seu veterinário e peça a orientação de como você deve proceder para que seu gato vomite. Em seguida, leve seu gato para o veterinário. Tenha em mente, que mesmo que você utilize em casa um método que faça com que seu gato vomite, seu gato não estará livre de sequelas e é essencial buscar ajuda veterinária a fim de realizar exames para verificar qual a extensão do problema.
No consultório - Se seu gato ingeriu ibuprofeno a até duas horas atrás, o carvão ativado pode neutralizar os efeitos. Caso o gatinho chegue ao veterinário após estas duas horas, talvez ele opte em utilizar medicamentos como sucralfato, cimetidina e famotidina, indicando também uma ingestão de líquidos contínua, no entanto cada caso é um caso e só o veterinário saberá a posologia e qual medicamento será mais oportuno para o quadro clínico do gato em questão.
Principalmente em casos em que o gato é tratado rapidamente, o estômago pode ficar plenamente cicatrizado sem danos futuros, contanto que a parede do estômago não tenha sido perfurada. Geralmente a recomendação para que seja realizada uma cirurgia ocorre em caso de úlceras que afetam as paredes estomacais. Se este for o caso de seu gato, certamente haverá a necessidade de internação para que ele seja acompanhado de perto por profissionais, pois é um caso extremamente delicado. No entanto, se seu gato teve um comprometimento dos rins, talvez o quadro seja mais grave. Por isso é importante realizar exames de sangue durante o processo de tratamento, para avaliar o progresso do quadro clínico.
Gatos podem tomar ibuprofeno?
Gatos podem tomar ibuprofeno?
É importante que você esteja ciente que gatos que ingerem ibuprofeno não estão livres de sofrer efeitos severos. Como acabamos de mencionar, os problemas para saúde de seu gato podem levar ao surgimento de úlceras estomacais perfuradas e falência renal. Em qualquer caso, apenas alguns dias após a ingestão por ibuprofeno se você não procurar tratamento podem levar seu pet a óbito. No entanto, felizmente como você pôde ver aqui, existem opções de tratamentos médicos que se forem iniciados imediatamente, podem impedir que o pior aconteça ao seu gatinho.

Como evitar que meu gato sofra de intoxicação por Ibuprofeno? 

Bem, a resposta é bem óbvia, agora que você já sabe que o ibuprofeno é um medicamento exclusivamente para uso em pessoas, nunca utilize este medicamento para aliviar qualquer tipo de dor ou desconforto que esteja acometendo seu gatinho, ou mesmo seu cão. É importante que nós donos de animais de estimação jamais compartilhemos nossos medicamentos com qualquer pet, seja ele gatinho, cachorrinho, coelhinho, tartaruga, porquinho da índia, etc… Mantenha sempre todos os seus remédios muito bem guardados no interior de um armário em um lugar alto ou trancado, onde nenhum bichinho consiga pegar. Uma boa dica, que faço aqui em casa, é separar as farmacinhas. Os remédios dos bichos ficam em um armário individual e mesmo que sejam remédios que possam ser utilizados pelas pessoas da casa, ficam armazenados no armário deles. Assim fica bem mais fácil que nada de ruim aconteça por acidente. É importante preservar as embalagens dos medicamentos de seu pet, junto com a bulas. Assim você pode sempre confirmar para que serve o medicamento. Outra boa dica é arquivar as receitas do veterinário, assim se um dia seu gatinho estiver com um problema recorrente, em um horário em que o veterinário não esteja acessível, você poderá recorrer àquela receita, para confirmar a dosagem, como no caso de uma febre, até que seu veterinário possa atender seu pet.

Como evitar arranhões do seu gato


Gatos que arranham o tempo todo podem acabar machucando e estragando tudo que passar pela frente. Eles usam as garras para desgastá-las, para escalar, saltar, e na natureza até para se defender e marcar o território. Mas e agora, será que você sabe como evitar arranhões do seu gato?

O hábito de arranhar é saudável para qualquer gato, mas se isso se tornou um problema, chegou a hora de ajudar o seu gato a solucioná-lo. Se os seus móveis estão sendo usados como arranhadores e isso está causando um bom estrago nos seus carpetes sofás e cortinas, é possível que não haja arranhadores apropriados em quantidade suficiente na sua casa. Confira abaixo as dicas para saber como evitar arranhões do seu gato.

Como evitar os arranhões do seu gato

Muitas vezes, um único arranhador não é capaz de entreter o seu gato por muito tempo, e em casos assim, é possível oferecer uma boa variedade de superfícies para que ele possa escolher. Procure oferecer a ele diferentes tipos de arranhadores, de diferentes materiais. Alguns gatos adoram arranhar papelão, tecidos e estofados, enquanto outros preferem os tapetes de cisal, madeira, carpetes e arranhadores de corda. Boa parte dos gatos também gostam dos postes verticais de corda.
Como Evitar Arranhões do seu gato
Como Evitar Arranhões do seu gato
Procure determinar quais são as superfícies que ele mais gosta, e distribua alguns arranhadores nos lugares onde ele costuma ficar. Se o arranhador escolhido for o poste vertical, certifique-se que seja firme e resistente, e que não caia quando ele estiver brincando. A altura do poste também é importante, pois os gatos adoram os postes altos o suficiente para que eles possam se espreguiçar, esticando o corpo totalmente. Veja abaixo as dicas de como ajudar o seu gato a manter suas garras aparadas, o que certamente será um fator positivo para evitar arranhões do seu gato.
  1. Incentive o seu gato a investigar o arranhador deixando-os com cheiro de catnip. Isso pode ser feito, por exemplo, pendurando um brinquedo com catnip sobre o arranhador.
  2. Apare as unhas do seu gato regularmente. Se você não sabe como fazê-lo, saiba como lendo o artigo Como aparar as unhas do gato.
  3. Desencoraje o seu gato a arranhar os móveis e outros locais indesejados. Cubra os sofás com capas ou colchas, coloque as caixas de som viradas para a parede e procure colocar um arranhador em cada um desses locais, como alternativa.
  4.  Jamais force o seu gato a utilizar o arranhador. Nunca segure-o na frente do arranhador e não esfregue suas patas nele na tentativa de ensiná-lo. Isso pode assustar o seu gato, o que pode fazer com que ele passe a temer o arranhador e evitá-lo totalmente.
  5. Não jogue fora o arranhador favorito do seu gato só porque ele está velho e desgastado. Os gatos gostam de objetos arranhados e gastos, com os quais já estão familiarizados. Mesmo quando gastos, esses objetos continuam sendo estimulantes para ele.
 Quando aparar as unhas do gato?
Outra dica importante para evitar arranhões do seu gato é que muita gente não sabe que as unhas dos gatos podem ser aparadas. Em geral, as unhas dos gatos podem ser aparadas a cada 10 dias ou a cada duas semanas. Alguns proprietários optam até mesmo por aparar as unhas toda semana. Para isso, o seu gato precisa estar relaxado a ponto de se sentir tranquilo, nunca assustado ou irritado. Se o seu gato fica agitado e demonstra estar desconfortável quanto a manipulação das patas, procure acostumá-lo aos poucos. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

A chegada de uma criança a uma casa com gato

A chegada de um bebé será sempre uma surpresa para o gato

Agora vamos abordar a situação inversa. O gato já vive em casa e dentro de alguns meses a família humana vai crescer.
Já falamos nos cuidados que devem ser tomados durante a gravidez devido à toxoplasmose, mas o seu felino também precisa de se ir habituando à ideia que vai deixar de ser o centro do universo na sua casa.
Nem sempre os gatos lidam bem com isto. Eles são o centro do universo.
Lembre-se que o gato vai ser apanhado de surpresa, com a chegada de uma criaturacom cheiro estranho e sons estranhos, que de repente ganha as atenções de toda a gente em casa e que vão por o gato de lado, talvez até lhe berrem se tentar aproximar-se da criatura.
Como os gatos são animais de rotina e não lidam bem com mudanças, o objetivo é começar a adaptar o gato meses antes da criança nascer (ou chegar a casa, se for uma adoção), para não sentir uma súbita alteração e até despoletar ciumes.
O primeiro passo é ajustar a atenção que dá ao seu gato. Se passa todo o tempo e mais algum junto do seu gato, dá-lhe atenção a toda a hora ou responde ao seu mais leve miado, está na altura de reduzir gradualmente esse mimo. Não significa que passe a ignorar o pobre bichano, não. Mas deve ajustar pouco a pouco, até aos níveis que pensa que poderá manter depois da criança nascer.
O mesmo se aplica à rotina a que o seu gato está habituado: as horas das refeições, o tempo para brincadeiras, a escovagem do pêlo, etc, deve ser tudo mantido depois da criança chegar. Por isso, se pensa que não será possível manter a mesma rotina, comece alguns meses antes por ajustar aos poucos e mais uma vez o gato não sentir a diferença.
O quarto onde ficará colocado o berço do bebé também deverá começar a ser vedado algum tempo antes. Apesar de não conhecer nenhum registo de um gato que, por acidente, tenha entrado num berço e sufocado uma criança, não é recomendável o gato ter livre acesso ao berço depois do bebé nascer. Como falaremos mais à frente, todo o contacto entre animal e criança deve ser supervisionado pelos pais. Então, seguindo a mesma lógica dos pontos anteriores, é melhor ir cortando o acesso aos poucos àquela divisão em vez de cortar subitamente com a chegada da criança.
Deixe o seu gato observar, cheirar e descobrir o que é um bebé
Se tiver familiares, amigos ou vizinhos com crianças pequenas, convide-os a sua casa. Deixe que o seu gatinho curioso descubra o que é uma criança. Deixe-o observar os movimentos, ouvir os sons típicos de uma criança, ambientar-se à sua presença. Será uma boa experiência para o pequeno felino e o choque depois será menor.
Mesmo com todos estes ajustes, esteja preparado para um comportamento mais estranho do gato nas primeiras semanas. As novas tarefas que um bebé implica vão provocar desgaste e cansaço e por melhor que seja a sua capacidade de organização, há sempre rotinas que vão ser alteradas e um ambiente que levará o seu tempo a estabilizar.
Os gatos, muito sensíveis a alterações, vão sentir a diferença e vão reagir em conformidade. Eles sabem que você está stressado, mas não sabem porquê. Além disso querem muito conhecer o novo ser em casa, querem cheirá-lo, saber o que faz e o que não faz, se é amigável ou não. Tudo isto é expectável e vai refletir-se no comportamento.
Com vigilância, deixe o seu gato conhecer o bebé aos poucos. Afinal, eles vão ser bons amigos.

Os primeiros passos de uma boa amizade

A vigilância dos pais é fundamental
O primeiro passo para que tudo corra bem entre a criança e o animal é a supervisão dos pais (ou de um adulto responsável).
Não, isto merece mais destaque: a supervisão de um adulto é indispensável.
É a base de tudo. Evitar acidentes, ensinar à criança o que é um ser vivo (consoante a idade para o compreender obviamente), construir uma boa relação desde o primeiro momento.
Sem esta vigilância, a criança pode magoar o gato e até o gato mais tolerante do mundo vai defender-se perante uma dor intensa. Sem que a criança ou o gato tenham culpa, podem acabar ambos magoados.
Lembre-se que a criança não nasce a saber a diferença entre um animal e um qualquer boneco dos seus brinquedos.
São os pais que têm de ensinar a criança a brincar com o gato, que tipo de festinhas se podem fazer, ensinar a não apertá-lo, não puxar as orelhas nem o rabo ou obrigá-lo a estar ao colo, sobretudo se o gato mostrar desconforto e procurar afastar-se.
A vigilância dos pais é fundamental
Comece por gestos simples, como fazer festas ao longo do corpo do gato sempre com a mão aberta. As crianças aprendem por imitação, por isso exemplifique o que se deve fazer, como se deve mexer num gato. Se quer que o seu filho seja amoroso e cuidadoso com os animais, mostre-lhe isso mesmo, passe-lhe esse exemplo.
(E não cometa o erro de castigar o animal em frente à criança. A criança pode imitar o seu comportamento mais tarde, achando ser o correto, e castigar o animal sem motivo ou sequer compreender o significado do que está a fazer).
Lembre-se também que as crianças conseguem ser bastante imaginativas: da mesma forma que maltratam brinquedos, podem tentar atirar o gato ao ar (sobretudo se for um gatinho pequeno), pela janela fora, metê-lo dentro de algum saco ou até da máquina de lavar.
Não é exagero.
Os pais também devem estar atentos a certos sinais que os gatos manifestam quando se sentem desconfortáveis ou ameaçados. Esteja atento a um miar consecutivo, ao esticar das unhas (um gato confortável costuma ter as unhas retraídas) ou o tentar sair do local. Num caso mais grave o gato pode eriçar o pêlo ou rosnar, mas geralmente isso só acontece quando os outros sinais foram todos ignorados.
Nestes casos, a interação entre a criança e o gato deve ser interrompida. Aproveite o momento para ensinar algo à criança. O gato quis ir embora? Faça ver à criança que isso é normal (porque é) e que deve deixar o gato ir (porque deve). “O gatinho quer estar sozinho agora, vamos fazer outras coisas!”
Com esta supervisão e sem que ocorram acidentes, a experiência vai ser muito positiva quer para a criança, quer para o gato. Vão gostar um do outro e associar-se mutuamente a algo de bom, seja uma festinha de um lado ou uma turrinha do outro. Este é um bom início de uma relação fantástica. Um valente puxão de rabo, nem por isso.
À medida que a criança cresce e ganha capacidade de aprender novos conceitos, já não precisa de se limitar a dizer que isto se pode fazer a um boneco mas não pode fazer a um animal. Já pode explicar o porquê. Explicar que o animal é um ser vivo e como nós sente dor, medo, mas também amor e carinho.
Já imaginou quantos maus-tratos de animais teriam sido evitados se todas as pessoas tivessem esta experiência e aprendizagem em pequenos? Dá que pensar, mas são outros assuntos.

A responsabilidade dos pais

Um gato não deve ser responsabilidade de uma criança

Quase todas as crianças, a partir de uma certa idade e que ainda não tenham animais de estimação, sonham em ter um. Para persuadir melhor os pais, comprometem-se a cuidar e responsabilizar-se integralmente pelo animal.
Um animal nunca pode ser responsabilidade de uma criança.
As crianças devem ter responsabilidades de acordo com as suas idades, nada mais. E o gato (ou peixinho do aquário, ou o hamster da gaiola) não deve ser sujeito a passar fome, sede, ter falta dos cuidados mais básicos de higiene ou de saúde, porque a criança se esqueceu dele.
A adoção ou aquisição de um novo animal deve ser sempre muito bem ponderada por toda a família. Trata-se de uma responsabilidade diária que pode superar os 15 anos, uma despesa financeira que pode ser bastante elevada, um potencial problema nas férias, entre outros fatores.

A chegada de um gato a uma casa com criança

O gato e as crianças devem ser introduzidos aos poucos

Esclarecidos os cuidados básicos e preventivos de saúde, está na altura de falarmos dos preparativos. Neste capítulo, vamos abordar os preparativos na perspetiva da chegada de um gato a uma casa onde já vive uma criança. No capítulo seguinte falamos da situação inversa.
Antes da chegada do felino, reserve uma divisão da casa para ele. Isto não quer dizer que o gato vai viver fechado num compartimento, nada disso. Pense nessa divisão como um porto seguro para o gato e também como uma área off-limits para a criança.
Passo a explicar:
Os gatos sentem-se atraídos pelas crianças e não dispensam a atenção, o mimo e umas possíveis brincadeiras. Mas os gatos também saturam, e precisam de dormir entre 12 a 16 horas por dia. Horário que vai muito provavelmente coincidir com períodos em que a criança quer que o gato brinque, não que durma.
Assim, o gato necessita de ter em casa uma divisão / esconderijo confortável para onde possa escapar quando se sente cansado.
Nesta divisão, coloque os brinquedos do gato e algo que ele possa subir (uma árvore de gato ou poleiros) com uma caminha confortável para dormir tranquilamente, sabendo que a criança não consegue  chegar.
O ideal é esta divisão estar mesmo vedada à criança. Por exemplo, com uma cancela ou grade de segurança, montada de forma a que a criança não passe, mas o gato o consiga, seja por cima, por baixo ou até pelo meio. Assim pode colocar lá dentro também a caixa de areia e impedir que a criança lhe tenha acesso. Além de pouco higiênico, poderia transmitir doenças à criança no caso de ingerir alguma coisa (se é que me entende).
Coloque nesta divisão a comida e a água do gato — bem distribuídos para que a zona das necessidades não fique demasiado perto da zona de alimentação.
Introduzir a criança e o gato aos pouquinhos e sempre com supervisão
Nas primeiras semanas do pequeno felino em casa, a interação com a criança deve ser limitada a alguns períodos por dia, sempre supervisionados. Nesta fase, o gato ainda está a conhecer os cantos à casa e a adaptar-se às rotinas dos donos. Dê sempre liberdade ao gato para poder afastar-se e resguardar-se na sua divisão, ou noutro local da casa que lhe transmita segurança e conforto.
Como as crianças já se encarregam de fazer algum barulho, seria bom os adultos, dentro do possível, não contribuíssem com mais barulho. Um ambiente calmo e tranquilo é importante na adaptação do animal ao seu novo lar.
Seguramente é mais fácil escrever do que fazer, pois uma criança consegue ser uma fonte de stress para os pais. E o gato, sobretudo se for pequenino e irrequieto, pode mandar aquele jarrão abaixo precisamente numa dessas alturas. Talvez por isso a American Humane Society recomende a adoção de um gato já adulto (entre 2 a 3 anos) para casas com crianças até aos 5 ou 6 anos de idade.

Gatos e Crianças: O Guia de uma Relação Fantástica

A relação entre gatos e crianças não tem de ser um problema. Podem ser excelentes companheiros e desenvolver a mais amorosa, carinhosa e divertida relação, capaz de perdurar no tempo e tornar-se numa experiência de vida inestimável.
No entanto, esta relação deve ser cultivada desde o primeiro dia e devem ser colocadas em prática precauções de higiene e segurança que permitam tudo correr pelo melhor.
Se tem uma criança em casa e está a ponderar adotar um gato, ou se já tem um gato e está prestes a receber um novo membro da família humana, este artigo é para si e vai ajudá-lo com todos os passos e cuidados necessários. Desde os preparativos até à convivência do dia a dia, passando pelas preocupações mais comuns de saúde.
Apesar de nos focarmos essencialmente em gatos ao longo deste artigo, com comportamentos que são específicos destes nossos peludinhos, muitas das recomendações também se aplicam a outros animais que tenha ou venha a ter em casa.

Os gatos não têm de ser um perigo para a saúde, antes pelo contrário
Muitos pais têm receio que a convivência entre as crianças e os animais se torne num problema de saúde. Receio que o gato possa aleijar a criança, que lhe transmita doenças ou provoque alergias.
Estas preocupações são perfeitamente naturais. Nenhum pai ou mãe no seu perfeito juízo quer colocar em risco a saúde do seu filho.
A boa notícia é que os potenciais problemas são evitáveis seguindo alguns cuidados simples. Basta para tal que esteja bem informado sobre cada uma das questões. Assim, antes de passarmos aos preparativos e convivência entre as crianças e os gatos, vamos abordar os potenciais problemas de saúde que mais preocupação causam nos pais.

Gravidez e toxoplasmose

Cuidados durante a gravidez com a toxoplasmose

A primeira grande preocupação de saúde, sobretudo quando já existe um gato em casa, surge ainda antes da criança nascer, durante a gravidez.
Infelizmente, alguns médicos pouco atualizados ainda recomendam que as mulheres grávidas se desfaçam dos gatos que têm em casa. Tal medida é manifestamente exagerada, mas acaba por assustar os pais que estejam menos informados. Com prejuízo para o gato que se vê forçado a ir embora.
O problema em causa é a possível transmissão de uma doença chamada toxoplasmose, que os gatos podem transmitir através dos dejetos na sua caixa de areia. Caso a mulher grávida seja infetada e não seja imune à doença, isso pode trazer complicações graves para o feto.
Felizmente, é possível evitar a transmissão da toxoplasmose seguindo algumas medidas de segurança — e não precisa de se separar do seu amigo felino. Aliás, como verá de seguida, o gato não é sequer o principal transmissor desta doença, pelo que outros cuidados no dia a dia da casa são necessários:
  1. Peça ao seu médico o teste sanguíneo de imunidade à toxoplasmose, que idealmente deve ser feito antes de engravidar. Se já tiver sido infetada anteriormente, estará provavelmente imune (a toxoplasmose não costuma dar sintomas, ou assemelha-se a uma gripe, por isso é difícil de saber se já a teve ou não sem análises);
  2. Não toque mais na caixa da areia do seu gato, a responsabilidade pelas limpezas deve passar para outra pessoa;
  3. Se tiver mesmo de ser você a limpar a caixa, proteja-se com um bom par de luvas, máscara na cara e lave muito bem as mãos quando terminar;
  4. Não é só o gato que transmite toxoplasmose: manusear ou ingerir carne crua ou trabalhar em jardinagem é bem mais arriscado. Evite estas tarefas, ou proteja-se bem (com um bom par de luvas) antes de as executar;
  5. Cozinhe muito bem a carne antes de a ingerir e não utilize a mesma faca ou utensílio com que cortou carne crua, para cortar frutas e vegetais;
  6. Descasque ou lave muito bem todas as frutas e vegetais que consumir;
  7. Não beba leite não pasteurizado ou produtos feitos com leite não pasteurizado (alguns queijos e iogurtes). Não consuma também ovos crus;
  8. Lave frequentemente as mãos, incluindo de cada vez que mexe no seu gato;
  9. Não deixe o seu gato sair de casa, para não correr o risco de ser infetado na rua por outros animais ou pela ingestão de alimentos infetados;
  10. Não alimente o gato com carne crua.
  11. Fale com o seu médico e também com o veterinário do seu gato, que certamente a irão auxiliar em dúvidas que possa ter.
    As alergias e a asma
    Preocupações de saúde na interação entre gatos e crianças

    Gatos e Crianças: O Guia de uma Relação Fantástica

    O guia de uma relação fantástica entre gatos e crianças
    FOTOGRAFIA ORIGINAL: JIMEE, JACKIE, TOM & ASHA
    A relação entre gatos e crianças não tem de ser um problema. Podem ser excelentes companheiros e desenvolver a mais amorosa, carinhosa e divertida relação, capaz de perdurar no tempo e tornar-se numa experiência de vida inestimável.
    No entanto, esta relação deve ser cultivada desde o primeiro dia e devem ser colocadas em prática precauções de higiene e segurança que permitam tudo correr pelo melhor.
    Se tem uma criança em casa e está a ponderar adotar um gato, ou se já tem um gato e está prestes a receber um novo membro da família humana, este artigo é para si e vai ajudá-lo com todos os passos e cuidados necessários. Desde os preparativos até à convivência do dia a dia, passando pelas preocupações mais comuns de saúde.
    Apesar de nos focarmos essencialmente em gatos ao longo deste artigo, com comportamentos que são específicos destes nossos peludinhos, muitas das recomendações também se aplicam a outros animais que tenha ou venha a ter em casa.
    Conteúdos:

    As preocupações naturais com a saúde

    Os gatos não têm de ser um perigo para a saúde, antes pelo contrário
    FOTOGRAFIA: PAUL MAYNE
    Muitos pais têm receio que a convivência entre as crianças e os animais se torne num problema de saúde. Receio que o gato possa aleijar a criança, que lhe transmita doenças ou provoque alergias.
    Estas preocupações são perfeitamente naturais. Nenhum pai ou mãe no seu perfeito juízo quer colocar em risco a saúde do seu filho.
    A boa notícia é que os potenciais problemas são evitáveis seguindo alguns cuidados simples. Basta para tal que esteja bem informado sobre cada uma das questões. Assim, antes de passarmos aos preparativos e convivência entre as crianças e os gatos, vamos abordar os potenciais problemas de saúde que mais preocupação causam nos pais.

    Gravidez e toxoplasmose

    Cuidados durante a gravidez com a toxoplasmose
    FOTOGRAFIA: VIA CATSTER
    A primeira grande preocupação de saúde, sobretudo quando já existe um gato em casa, surge ainda antes da criança nascer, durante a gravidez.
    Infelizmente, alguns médicos pouco atualizados ainda recomendam que as mulheres grávidas se desfaçam dos gatos que têm em casa. Tal medida é manifestamente exagerada, mas acaba por assustar os pais que estejam menos informados. Com prejuízo para o gato que se vê forçado a ir embora.
    O problema em causa é a possível transmissão de uma doença chamada toxoplasmose, que os gatos podem transmitir através dos dejetos na sua caixa de areia. Caso a mulher grávida seja infetada e não seja imune à doença, isso pode trazer complicações graves para o feto.
    Felizmente, é possível evitar a transmissão da toxoplasmose seguindo algumas medidas de segurança — e não precisa de se separar do seu amigo felino. Aliás, como verá de seguida, o gato não é sequer o principal transmissor desta doença, pelo que outros cuidados no dia a dia da casa são necessários:
    1. Peça ao seu médico o teste sanguíneo de imunidade à toxoplasmose, que idealmente deve ser feito antes de engravidar. Se já tiver sido infetada anteriormente, estará provavelmente imune (a toxoplasmose não costuma dar sintomas, ou assemelha-se a uma gripe, por isso é difícil de saber se já a teve ou não sem análises);
    2. Não toque mais na caixa da areia do seu gato, a responsabilidade pelas limpezas deve passar para outra pessoa;
    3. Se tiver mesmo de ser você a limpar a caixa, proteja-se com um bom par de luvas, máscara na cara e lave muito bem as mãos quando terminar;
    4. Não é só o gato que transmite toxoplasmose: manusear ou ingerir carne crua ou trabalhar em jardinagem é bem mais arriscado. Evite estas tarefas, ou proteja-se bem (com um bom par de luvas) antes de as executar;
    5. Cozinhe muito bem a carne antes de a ingerir e não utilize a mesma faca ou utensílio com que cortou carne crua, para cortar frutas e vegetais;
    6. Descasque ou lave muito bem todas as frutas e vegetais que consumir;
    7. Não beba leite não pasteurizado ou produtos feitos com leite não pasteurizado (alguns queijos e iogurtes). Não consuma também ovos crus;
    8. Lave frequentemente as mãos, incluindo de cada vez que mexe no seu gato;
    9. Não deixe o seu gato sair de casa, para não correr o risco de ser infetado na rua por outros animais ou pela ingestão de alimentos infetados;
    10. Não alimente o gato com carne crua.
    Fale com o seu médico e também com o veterinário do seu gato, que certamente a irão auxiliar em dúvidas que possa ter.

    As alergias e a asma

    Preocupações de saúde na interação entre gatos e crianças

    A segunda preocupação mais frequente dos pais são problemas respiratórios nas crianças como alergias e asma.
    Curiosamente, estudos recentes têm apontado para uma relação inversa: um contacto com animais desde tenra idade ajuda a que o organismo desenvolva uma resposta imunitária capaz de prevenir o desenvolvimento destes problemas.
    Segundo um estudo publicado na revista médica The Lancet, várias crianças em contacto permanente com gatos desenvolveram um tipo de anticorpo que as protege das alergias. O mesmo estudo demonstrou que crianças que não têm gatos, em contacto com outras crianças que os tenham (como os colegas de escola), estão em maior risco de contrair essas alergias.
    Noutro estudo realizado na Alemanha e liderado por Joachim Heinrich, mais de 8 mil crianças foram acompanhadas desde que nasceram até aos 6 anos de idade. O estudo concluiu que as crianças com gatos ou cães em casa são mais tolerantes ao pó e às alergias inaladas. O mesmo investigador, o ano passado, participou de um novo estudo onde ficou demonstrado que a exposição doméstica aos gatos não está associada a sintomas alérgicos ou asmáticos.
    Ainda um outro estudo, este publicado na Journal of the American Medical Association, comparou 184 crianças que viviam com dois ou mais animais (cães ou gatos), a 220 crianças que não viviam com nenhum destes animais. Concluiu que as crianças expostas a animais de estimação tinham menos de metade da probabilidade de desenvolver alergias comuns.
    Os gatos podem trazer benefícios ao sistema imunitário das crianças
    Uma explicação para os resultados destes estudos pode ser o que os investigadores chamam de hipótese da higiene. Esta teoria defende que as crianças que crescem em ambientes hiper higienizados desenvolvem um sistema imunitário mais frágil, pois praticamente não contactam com microrganismos.
    Tal não significa que a higiene não seja importante — é uma das nossas prioridades ao longo de todo este artigo — mas sim que o contacto com animais não tem de ser prejudicial para a saúde da criança. Pelo contrário, pode trazer benefícios.
    Existem outros estudos que comprovam outros benefícios dos gatos para a saúde humana, tanto em crianças como em adultos. Este artigo não pretende ser exaustivo neste ponto, mas caso pretenda aprofundar siga esta ligaçãoesta aqui e esta também, todas em português.
    A saúde do gato
    O gato deve ser regularmente vacinado e desparasitado
    Naturalmente, a saúde do seu gato deve ser controlada e os check-ups regulares no veterinário devem estar em dia, de forma a proteger tanto o animal como as pessoas que o rodeiam. A começar pela criança.
    O gato deve ter as vacinas em dia e deve ser desparasitado regularmente, tanto interna como externamente, para evitar o contacto de pulgas e outros parasitas ou fungos com a criança.
    As unhas do gato também devem ser cortadas regularmente. Note que o corte de unhas dos gatos não é um processo tão simples como o corte das nossas unhas. Nos gatos, existem ramificações sanguíneas que se estendem até perto da ponta da unha e esses vasos não devem ser atingidos, pois além de dor causam hemorragia. Caso nunca tenha cortado unhas a gatos ou não se sinta à vontade, peça ao seu veterinário.
    Por fim, mantenha-se vigilante sobre sinais que o gato possa transmitir sobre problemas de saúde. Um gato que por algum motivo esteja com dores, vai reagir de forma mais agressiva em qualquer situação, o que pode dar origem a arranhões e mordidas. Se nota que o comportamento do gato sofreu alguma alteração, convém levá-lo ao veterinário.