domingo, 10 de janeiro de 2016

Problema: o gato faz xixi fora da caixa

Primeiro de tudo: tente resolver o problema assim que ele começar, antes de virar um hábito. Quanto mais cedo identificar e lidar com a situação, mais fácil. Segundo de tudo: pode ser difícil treinar o gatopara usar o banheiro, mas eliminar os obstáculos apontados aí embaixo já ajuda. Então vamos lá.
– Se seu gato não for castrado, as chances de ele fazer xixi no lugar errado são grandes. Machos não castrados acham (de coração) que devem marcar território e a melhor ferramenta que têm para isso é o xixi. Ainda assim, 10% dos machos e 5% das fêmeas continuam brigando com a caixa de areia depois de castrados.
– Fazer xixi fora do penico pode ser um lance tão territorial que, quanto mais gatos na casa, maiores as chances de isso acontecer.
– Um artigo da FDA reforça a importância de verificar com o veterinário se o bicho não está doente: o problema pode ser de saúde, não de comportamento. Se o gato sente muita dor ao urinar, pode associar esse desconforto à caixa e fugir dela. Uma dica é a ficar atento à posição do rabo. Rabo paralelo ao chão mostra que ele está mesmo só se aliviando, enquanto rabo para cima e se mexendo tem cara de demarcação de território.
Eu só vou usar o banheiro se eu gostar do banheiro. Quer que eu desenhe?
– No mesmo artigo, a FDA diz que estresse e ansiedade podem ser a causa desse comportamento nada simpático. Nesses casos, objetos que têm o cheiro do dono, como roupa de cama, podem acabar sendo batizados. “Um exemplo dessa situação é quando o gato percebe que o dono está se preparando para uma viagem e faz xixi na mala. Ou quando o gato urina em um móvel logo após a chegada de outro bicho.” Como a causa do problema é muito específica, o tratamento só pode ser individualizado.
– A matemática da caixa de areia – que eu não sigo – é uma para cada gato, além de uma caixa extra. Seguindo essa fórmula, a casa dos bigatos precisaria de três delas (e eu teria de alugar o apartamento ao lado…). Ironias à parte, a adição de uma(s) caixa(s) pode ser a resposta que você e seu gato buscam.
– O problema também pode ser a própria caixa, como explica o guru Jackson Galaxy. Ela pode estar muito pequena para eles, por exemplo. Ou pior: muito suja. A tampa da caixa também pode ser a vilã, caso o bicho se sinta “sufocado” lá dentro. Além disso, o dono deve ficar atento à altura da porta, que vira um obstáculo para felinos bebês, idosos ou com problemas de saúde.
– O problema muitas vezes não é a caixa, mas sua localização. No site da faculdade de veterinária da Universidade de Cornell  (somos chiques ou o quê?), eles dizem que lugares com muito movimento, barulho, escuros e úmidos podem ser ruins. Colocar a caixa em um local onde o gato já faz xixi (que ele mesmo escolheu), e onde tenha acesso 24 horas por dia, pode resolver. Não deixe comida e caixa de areia na mesma área (ou você curte comer no banheiro?).
– Galaxy, o muso do comportamento felino, explica que as necessidades fisiológicas são uma forma de o gato identificar seu território. Se você limpar a caixa a cada mijada, o bicho terá de encontrar outras maneiras de marcar a área (mijando no seu sofá, por exemplo). Por outro lado, gato não gosta desujeira. O segredo aqui é bom senso: limpe diariamente, lave a caixa sempre que precisar, mas nada de neurose.
– Não adianta bater, chutar nem gritar com o gato mijão, pois isso só aumenta a ansiedade, agravando ainda mais a situação. O povo da Universidade de Cornell também diz que não adianta esfregar o focinho  na prova do crime: eles não conectam os excrementos e a punição.

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